“Há palavras alegres e há palavras tristes. E essa tristeza ou essa alegria umas vezes está nelas, outras no modo de as dizer.”

Sebastião da Gama, Diário




Apesar de, a partir de 24 de outubro de 2011, ter sido destacada para outra escola, não quero quebrar os laços com os meus alunos de Condeixa-a-Nova. Por isso, reabro a publicação dos textos que me vão enviando e que eu corrijo com toda a dedicação, para lhos voltar a reenviar. Continuem a vossa oficina de escrita. Fico à espera dos vossos textos.

Saudades mafaldinas…

domingo, 12 de junho de 2011

"Com as palavras, atravessamos o mundo." (Nilton Cabral, 7ºF)




Era ainda uma criança
Palavras ainda não pronunciava
Palavras ainda não sabia, nem as lia.

Era eu ainda uma criança
Dentro da minha alcofa estava,
Deixado num rio de palavras 

A corrente avançava,
E eu com ela continuava,
Era eu já uma criança

Palavras começara a dizer 
Algumas estranhas a meu ver
que começava a aprender 

Era eu já adulto
Palavras muitas já descobrira
Mas palavras ainda todas não sabia

Há-de a foz do rio chegar,
e eu sem todas saber pronunciar...

Adriana Furriel, 8ºE





O rio de palavras ficava numa ilha deserta com paisagens lindíssimas. Esse rio chamava-se «Lost River». Continha palavras maravilhosas, lindas, carinhosas, queridas, perfeitas, … Tantas palavras, tantas, tantas, tantas, tantas, mesmo tantas que não se via um único peixe na água.
Estive imenso tempo a admirar cada uma daquelas palavras porque me faziam lembrar uma pessoa… Essa pessoa foi e, ainda hoje, é muito importante para mim e ele sabe bem disso… Ele era maravilhoso, lindo, carinhoso comigo, querido, perfeito, simpático, generoso com os outros, cuidadoso, … e sobretudo meu amigo, até que, um dia, me deixou só e triste porque foi embora e nunca mais voltou…
Eu fui para o barco e voltei para casa. Sempre que me sentia só e triste, eu metia-me no barco e ia até ao «Lost River». Essa ilha, a partir desse dia, passou a ser o meu refúgio.

Ana Ascenso,  8ºE

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